sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Verdadeiro Amor Liberta das Drogas - Parte 1

Postarei neste Blog alguns artigos que escrevi para a Revista Mundo Ideal durante o ano de 2011. Começarei por este artigo que trata sobre a questão das drogas, problema que afeta direta ou indiretamente toda a sociedade.
Nesta semana algumas tragédias familiares (jovens, dependentes químicos, que assassinaram seus próprios pais) foram noticiadas pela mídia. Acredito, sinceramente, que esta situação só poderá ser enfrentada e superada com uma profunda reflexão e mudança radical de postura na convivência familiar: Nunca foi tão urgente demonstrarmos o A M O R aos nossos familiares como nos dias de hoje. Madre Teresa de Calcutá afirmou "encontrei um paradóxo na vida, que se amar até doer, não poderá haver mais dor, mas somente amor".
Para que o artigo não ficasse tão extenso decidi dividí-lo em duas partes. Desejo realmente que este artigo possa de alguma forma contribuir com as pessoas que estejam vivenciando este difícil treinamento espiritual. Muito obrigado!


DESAFIOS DO MUNDO ATUAL
Faço parte do Movimento Jovem da Seicho-No-Ie há mais de 26 anos. Neste período passei pela pré-adolescência, adolescência, juventude até chegar à fase atual. Não há como negar que muitas coisas mudaram neste intervalo de tempo, algumas coisas para muito melhor. Outras, no entanto, forçam-nos a uma reflexão mais profunda.
Viajando pelo nosso amado País, deparo com inúmeras questões envolvendo não apenas os jovens, mas também os adolescentes, os pré-adolescentes e até nossas crianças. Dentre estas, talvez uma das mais preocupantes seja a que se relaciona com as drogas.

O QUE LEVA ÀS DROGAS?
Bem, antes de prosseguir, eu gostaria de esclarecer uma coisa: não sou nenhum especialista nessa questão, mas esse é um assunto com o que lido frequentemente, por ser parte da missão de preletor da Seicho-No-Ie e também porque trato diariamente das questões referentes à juventude.
Dentro dessa minha experiência posso afirmar que uma das principais causas que levam uma pessoa às drogas é o desejo inconsciente de agredir os pais. Outros ainda podem ser: o medo, a revolta, a insegurança, o sentimento de culpa, etc.
Na maioria das vezes as pessoas buscam nas drogas a solução para os seus problemas cotidianos. Embora em alguns casos se fale em curiosidade como motivo de aproximação das drogas, ao analisarmos mais cuidadosamente esses casos, perceberemos que lá no fundo existiam problemas não resolvidos. No entanto, como as “soluções” fenomênicas, materiais, não perduram por muito tempo, tão logo o efeito delas passa, os problemas voltam, e dessa vez acompanhados pelo sentimento de autopunição, que é o pior de todos os sentimentos. Então, sente-se a necessidade do uso cada vez mais constante das drogas, caindo numa espécie de círculo vicioso do carma.
   Na mesma linha de raciocínio podemos incluir as “crises de abstinência”. Há relatos de dependentes químicos segundo os quais durante essas crises não há lugar que gere conforto e tudo parece causar dor. Por isso, uma necessidade cortante, que ultrapassa a linha do desespero e até da racionalidade, invade-lhes o corpo e este pede desesperadamente pela droga.

HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE...
   Em Deuteronômio 5:16 temos: “Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que o Senhor teu Deus te dá”.
   Algo fundamental na vida de qualquer ser humano, para ser feliz e bem sucedido, é amar incondicionalmente seus pais. Nesse trabalho missionário com o qual Deus me abençoou aprendi algo muito valioso, o que gostaria de compartilhar com você: “Não importa qual tipo de relação você mantém com os seus pais; um dia você vai sentir falta deles”.
   Todos os casos de superação de vícios que tive oportunidade de acompanhar dentro da Seicho-No-Ie passaram também pelo processo de reconciliação entre pais e filhos. Se você tem alguém que lhe é muito importante, mas hoje sofre como “refém” do vício das drogas, sejam elas lícitas (alcool, cigarro, etc.) ou ilícitas, ou ainda, se é você mesmo que hoje manifesta no plano fenomênico a ilusão de ser um dependente químico ou alcoólatra, saiba que esta “viagem” ainda tem volta. (Continua)